Dentro
de um contexto político em que podemos identificar apenas objetivos individuais de
enriquecimento ilícito, Vitorino Freire
tem sofrido drasticamente nas ultimas décadas, não enxergar isso é
fazer vista grossa a problemas sociais
que tem de forma acentuada atingido essa cidade com força preocupante. A
educação é de longe o fator mais importante em qualquer lugar do mundo, em
Vitorino não deveria ser diferente, entretanto os gestores municipais não estão
nem um pouco compromissados com esse fator, me refiro a gestores no plural,
pois englobo nesse horizonte, todos os que estiveram a frente do referido
município nas últimas décadas, período de redemocratização e pós ditadura
militar, onde a criação da nova Constituição da República, trouxe aos municípios
uma autonomia e passaram a ter um papel fundamental no desenvolvimento do país.
Desde
do final da década de 80 e início dos anos 90 até os dias atuais, estiveram a
frente do poder executivo municipal de Vitorino Freire, um representante
político integrante de um dos dois únicos grupos que dominam a política local,
e que vulgarmente denominam-se grupo
Jacaré ou Cururu, os cidadãos vitorinenses
na sua maioria com raríssimas exceções, durante o período eleitoral dividem a
cidade sobre a ótica dessas duas criações fictícias, alienados com promessas
envolvem-se de tal maneira que como meros adolescentes apaixonados, ficam cegos diante da futura e cruel realidade que terão a
enfrentar por escolhas mal feitas, tendo como critério apenas o calor da paixão
platônica pelo seu grupo político.
No
campo legislativo a situação não é diferente, sou Vitorinense e até o momento
em que estava produzindo este texto, desconhecia algum projeto de lei criado
por algum vereador vitorinense, que realmente teve grande contribuição para a
melhoria da sociedade vitorinense como um todo, são mais de 60 anos de
emancipação política, no entanto, há na atualidade frente a câmara legislativa
dessa cidade, vereadores que já estão no seu terceiro, quarto e quinto mandato
consecutivo, sem ter prestado com compromisso o seu papel de representante
político, dessa população carente de projetos e atitudes verdadeiras, continuar
votando por paixão, é perpetuar o atraso e condenar o município a uma inércia no campo do desenvolvimento.
Cresci presenciando um verdadeiro abandono da cidade
por parte do poder público, hospitais mal equipados, escolas na zona urbana com
pouca estrutura, na zona rural praticamente inexistiam, qualificação
profissional, tema proibido pelas bandas
dessa região, saneamento básico, transporte escolar, emprego, esporte e lazer,
eram desconhecido por todos, foi assim que fui crescendo e acreditando que o
futuro seria diferente. Dentro dessa triste realidade, atravessamos os anos
noventa, na minha querida e amada cidade, desde já sofrendo a cada ano, com as
garras cravadas das criaturas advindas da dúbia mal criação, Cururu-Jacaré ou
Jacaré-Cururu, no ceio vitorinense, que sugaram e continuam a sugar dia após
dia, o futuro das gerações presentes e futuras, de crianças, jovens e adultos
filhos de uma terra rica e ao mesmo tempo pobre, por desconhecer o seu real
poder, sobrevivendo igualmente um animal abatido pelo seu predador, que sem
pudor suga até a ultima gota de sangue de sua presa.
Entretanto,
que predador seria tão maquiavélico? Para alguns, seria o Cururu, para
outros o Jacaré, mas todos estariam
equivocados, o malvado sem coração, que almeja apenas engordar a sua conta
bancária, passear em carros de luxo, comprar fazendas, colecionar imóveis na
cidade local, na capital do estado e na capital federal, distribuir empregos
municipais para seus seguidores, investir (desviar) dinheiro do setor público
no setor privado, triplicar seu
patrimônio em poucos meses ou anos, proporcionar educação da melhor qualidade aos seus filhos
e aos filhos de uma meia dúzia de seus bajuladores, chama-se de CARCARÁ,
vulgarmente conhecido como Político.
Assim
define em uma linda canção o saudoso poeta, cantor e compositor maranhense João
do Vale, diz ele que “ Carcará, pega, mata e come, carcará não pode passar
fome”. Não temos dúvida da fome dos carcarás vitorinenses, fome esta que
consome todos os recursos públicos municipais que deveriam ser aplicados na sua
plenitude, com o objetivo de promover o bem está geral da população, entretanto
é direcionado a contas privadas que proporcionam verdadeiras regalias a
famílias restritas que monopolizam o poder local, enquanto a sociedade a real
detentora do dinheiro público, que paga seus impostos, sofre exageradamente a
mercê da prestação de serviço público de péssima qualidade.
A
história desse povo tão sofrido e altamente explorado, foi e continua a ser
construída dessa forma, mudam-se as estações e as paisagens, mas os Carcarás
continuam os mesmos, a insaciável vontade de consumir o dinheiro do povo em
benefício próprio, é que parece ter aumentado, diferenciando apenas quanto a
origem, tamanho ou idade do Carcará, pois quanto a espécie aparenta nunca ter
mudado. Infelizmente assim é a triste
realidade vitorinense, uma sociedade órfão desde seu nascimento, e com
padrastos malvados e sem coração, mentem quando dizem que atendem pelos nomes
de Cururu ou Jacaré, quando na verdade o
seus verdadeiros nomes são Carcarás, que pegam o futuro vitorinense, “matam e
comem”.
Parabéns Edson pela análise correta da situação política de sua Cidade. Eu te conheço profundamente, você tem mérito suficiente para dizer algumas verdades que alguns não tem coragem de falar.
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